– TEM ALGUÉM AI QUE POSSA ME AJUDAR? ISSO DÓI PRA PORRA. – Eu gritava como se eu não soubesse que aquele barulho infernal impediria alguém de me ouvir. Felizmente, eu ouvi um barulho de algo, ou alguém pisando na grama, comecei a gritar de novo, com esperança de alguma ajuda, eu já havia perdido muito sangue. – ALGUÉM POR FAVOR ME AJUDA! – Gritei com o resto da força que eu tinha, vi uma imagem meio distorcida de alguém correndo em minha direção, minha visão ficou turva...
- Que morte horrível. – Falei baixo pondo a mão na cabeça, náuseas terríveis me atacavam, como se sua vida dependesse disso. Vi um cara sentado no sofá de um hospital que eu não sabia nem onde diabos ficava. Ele estava dormindo, chamei alguma enfermeira próxima. – Ei, enfermeira, me ajuda aqui. – Falei enquanto arrancava os eletrodos e agulhas que haviam sido postos em mim e tentei levantar da cama, mas acabei caindo. – O que diabos aconteceu? – Olhei com uma cara meio interrogatória pra enfermeira, que me ajudava a levantar e ir pra cama. – Não sei ao certo, mas sei que você perdeu muito sangue, e graças a Deus seu amigo lhe trouxe até aqui, ou o pior poderia ter ocorrido. – Eu olhei pra enfermeira novamente e tentei lembrar do que havia acontecido, porém minha lembrança mais recente era a de estar numa festa, e pelo cheiro de bebida que a sala estava, aquele garoto parecia estar na mesma. – Cara, você tomou um banho de Vodka? – Falei enquanto jogava uma dos lençóis enrolados nele, que acordou com uma horrível cara de ressaca, botando a mão no rosto, quando seus olhos foram expostos a luz. – Vem cá, eu te conheço? - Perguntei fixando o olhar no menino tentando lembrar se alguma vez eu já tinha visto aquele rosto. – Cara, eu não faço a mínima ideia de quem você seja, só sei que você estava deitado no chão, gritando por ajuda na festa de ontem, sorte sua eu ter saído pra mijar. – Eu fiquei rindo com a explicação idiota dele. – Como diabos eu estava numa festa e acabei sangrando, essa história tá meio errada, e você é a única pessoa que me viu nesse estado. Onde diabos estão meus pais? – Terminando de falar, vi meu irmão chegando, ofegante e tentando dar alguma notícia. – Leo, o pai... o pai, Leo... – Eu fiquei com uma expressão confusa enquanto tentava entender que diabos ele falava. – O pai... Leo... o pai, ele tá na UTI, aconteceu um acidente... -
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